quinta-feira, 23 de agosto de 2012

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Você foi, provavelmente, a minha história mais comum. Foi aquela que teve início, meio e fim. Foi o meu ciclo perfeito, o roteiro previsível, a estrada trilhada. Eu não posso negar, foi o amor mais devastador, o choro que me causou mais dor. Foi o primeiro disparar de coração, o primeiro brilho no olhar, a primeira dúvida em saber o que falar. Foi o tombo mais terrível, o choro reprimido, o soluço consecutivo. Foi o gosto mais amargo, o desejo mais querido, foi o abraço mais demorado, o sonho mais bonito. Você foi a despedida mais ácida, foi o afastar mais devagar, foi o olhar de longe mais perdido, foi toda a minha vontade de chorar. Você foi o primeiro amor, a primeira dor, a primeira junção do papel, caneta e coração. Você foi, e quem foi, pela lei da vida, já não é mais.

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